A Arte vai à mão donde sequer tem-se um fim ou começo. Dito como empregadora da paz, a educação passa por vilã em tempos burros; claro que há diferenças entre educados, não educados e mal educados, sendo que esse último pode ser enquadrado em ambos os primeiros. Inteligência não é memória de conteúdo, é o que se pode transformar com o conteúdo que se sabe. Muitos sabem disto e isso significa que ainda há inteligência e ela é muito lucrativa; a inteligência então passa para a esfera corporativa da vida. Os que não sabem aprendem conteúdos para o trabalho de produção, para o atendimento e a matemática. O "resto" é tratado como tal e aí se inclui a arte. Não serve de nada. Sou então igual a você no que se entende por cidadão, depois vem os artistas e suas tretas, cambada de maconheiros; menos os maestros, estes são loucos-bobos-da-corte, e faz bem à imagem tê-los como amigos. Assim temos dois universos, parafraseando o modo de vida nipónico. Só que cá são todos colocados em dimensões de burrice, pois a arte é burrice se for entendida como complementar por completamente todos, produtores de suas reflexões tendo o homem como parte transformadora da natureza que se inclui, "homem e natureza", ou "natureza do homem". Nunca se é um todo, sempre uma parcela.
Quando nada vêm à nora o pensamento engenha-se. Reler também é bom, mas antes que seja vidro que plástico…transformam-se em arte ou pá de lixo.
O frio calou-se quando interrogado pelo saber, fez sua casa calafetada e de lá não saiu por medo da lenha. Assim foram anos no Brasil. Nessa contradição, produziram-se empadões artísticos. Para se compreender isso temos o curso de Estudos Artísticos na Universidade de Coimbra. Ninguém toca nada, adoram fotos de África, idolatram o teatro passado sem pensar no novo (que lealmente o seja, amém!) e por fim assistem filmes Norte Americanos tristes e aborrecidos (como já foi dito). Ah!, e se acham, claro.
Voltando à dimension sociale, me encontro com a arte apenas no espaço temporal pestanejado, e aí encontramo-nos todos. Fora isso apenas cangalhas nas costas de quem não usa a inteligência como arte, o tal dar-se a conhecer.
Então comecei a ler um livro sobre o conceito Arteducacional de algum Doutor no assunto. Sempre aprendemos com D(d)outores. Quando comecei a ler entendi sobre a construção-transformação da percepção do belo pelas crianças, defendido por muitos autores como capacidade promotora de reflexão criativa, sobre o jogo lúdico, estética, fruição, audiação, balbucios artísticos, fala e canto, expressão e educação; e de tudo acredito apenas no fato das crianças não distinguirem a fala do canto nos primeiros meses de vida. O resto são letras; a poesia é a lava da natureza de nossa infância. A pintura é o risco de giz no céu como afirmou um aluno de 4 anos ao ver uma nuvem de avião; a dança e o trabalho se apreçam e as pessoas adultas nada mais são que trabalhadoras amostradas que dançam, mesmo sem saberem o que é trabalho. Aí vem a palavra e o sentido das coisas passa a ser classificação das coisas, e elas são desnecessariamente muitas, pois a palavra tem suas redes de sentido e muitas vezes fogem a verdade. Desta artimanha resulta a profissão de advogado. Em Itajaí o ato de chutar árvores é comum, de lá caem advogados ou contadores; os outros que estudaram na UNIVALI estão empregados ganhando ou perdendo fortunas.
Grandes são os homens que sabem burlar o tempo no momento pestanejar enlevando o mundo visto sem as razões escritas; nem sempre são apalavradas, inclusive na poesia.