sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

contrabaixo

Dó de dois dedos 
Com dois dedos 
Dá dó

Indo pro lado,
Mesmo no fado,
Se faz o fá 

Como molde
Dirige-se à si bem
Em si bemol de dois dedos.

Céu de seu sapo

Refletia o sapo no céu
Quando por luz de lua
Secou o véu de som.
Ficou só em sua luz
O silêncio na sombra do sapo.

O girassol perto dali
Se interessou pelo clarão
E torceu caule sem mando de sol.

-Goiaba branca é doce-amarga.
Disse o sapo para lua.

-Que não fosse sua a tua sorte
-Que morre em ser doce mas amarga.

Não era mais nada a pobre lua.
Nem para curiosidades da flor
Nem por luz que distribua.

Outra coisa que não tenha sido vista.

                           ***

Alguns dias se formam.
Pensamento míngua.
Pensamento renova.
Pensamento cresce.

Sem pressa de língua
Que beija doce
Presa de pesca.

                           ***

Encanta em Dó.
E o recato
Que solta afã,
Que tem afago,

Soltou o pensamento em Sol maior
Para que visse a posse da sétima menor
Libertar-se do blues. Depois dodecafenou.

***

Contrato vigente
Não sobra a gente
Que sonha e sente
Mudança de rumo

O turno que manda e decide